Montreux (Vaud, Suíça), Março de 2006
Tinham já passado por
aqui, mas sem a devida distinção, alguns monumentos escultóricos que Montreux acolhe em homenagem aos artistas que aí residiram ou que de outra forma prestigiaram a cidade. O mais conhecido é, sem dúvida, a
estátua de 3 metros de altura que retrata
Freddie Mercury.
Em 1978, o cantor britânico e a sua banda
Queen adquiriram, na cidade, o estúdio de gravação
Mountain Studios, onde foram gravados seis dos seus álbuns, entre muitos outros de artistas igualmente famosos. Freddie Mercury encontrou em Montreux um refúgio de tranquilidade, onde residia, intermitentemente. Assim, no dia 25 de Novembro de 1996, cinco anos após a sua morte, a cidade homenageou-o com a inauguração de uma estátua em bronze, junto ao
Mercado Coberto e voltada para o lago Léman, que retrata o cantor numa das suas poses de palco mais icónicas. A autora da obra foi a
escultora de origem checa
Irena Sedlecká.
Um pouco mais adiante, no jardim do hotel
Montreux Palace, encontram-se
diversas outras esculturas em bronze que retratam lendas do Jazz. Quando lá estive, ainda só havia duas, da autoria do
artista italiano
Marco Zeno, em homenagem a
Ray Charles (
aqui) e
B. B. King (
aqui). Ambos os músicos tiveram participações notáveis no
Festival de Jazz de Montreux: Ray Charles tocou com Dizzy Gillespie, em 1978, e com Quincy Jones, em 1991; já o Rei do Blues participou 21 vezes no certame, número só ultrapassado pelas 27 intervenções de Herbie Hancock. A estátua de B. B. King com a sua guitarra Lucille foi inaugurada em 2001; a de Ray Charles, ainda não o apurei.
Mesmo
ao lado, a estátua em bronze do escritor de origem russa
Vladimir Nabokov, que, após o sucesso do seu romance
Lolita, em 1961, veio instalar-se no Montreux Palace, onde viveu até à sua morte, em 1977. Em 1999, no âmbito das celebrações do seu centenário, foi
inaugurado o monumento, oferecido ao hotel pelo escultor
Aleksandr Rukavishnikov, que a realizou em colaboração com o seu filho,
Filipp Rukavishnikov.