
Campo Maior, Fevereiro de 2011
Das minhas muitas colecções, a mais acarinhada nos últimos anos tem sido a de painéis hagiográficos. É que, quando penso que já vi tudo, encontro alguma coisa que me prende a atenção, como uma devoção nova ou uma montagem peculiar. Invariavelmente, tiro uma fotografia e guardo-a, para mais tarde me debruçar sobre o assunto. Depois, porque um dia me lembro ou porque a encontro por acaso, tento perceber a imagem e os eventuais problemas que possa ter.
O caso mais espantoso que já me passou pelas mãos foi o que está acima. Encontrei-o em Campo Maior e achei-o tão estranho que o fotografei, mas creio que nunca o cheguei a usar, porque nem sabia o que aquilo era, para além do que a legenda dizia. Até que, uns bons anos depois, o encontrei por acaso e me lembrei de o cruzar com outros painéis do Santíssimo Sacramento, e fez-se luz.

Cascais, Junho de 2009

Lisboa, Agosto de 2013
Pois está claro que o de Campo Maior não podia ser senão assim (deve dar-se um desconto aos desajustes causados pela perspectiva):

Outro dos meus favoritos é o que encontrei no Alamal, e que já aqui estava prometido:


Alamal (Gavião), Outubro de 2019
Além de ser um painel muito bonito, tem muitas falhas, sobretudo, na cercadura. Depois de alguma mão-de-obra, ficou assim:

Também gosto muito desta Nossa Senhora do Carmo, que é um dos meus painéis favoritos, em Portalegre, apesar de precisar de alguns ajustes:

Portalegre, Março de 2018

Este Santo António até passava despercebido, não fossem aquelas flores a caírem do céu:

Portagem (Marvão), Dezembro de 2017

Já neste, foi a cercadura que me pareceu estranha:

Santo António das Areias (Marvão), Abril de 2017

Esta Rainha Santa perdeu um bocado do manto, mas eu encontrei-o:

Castelo de Vide, Junho de 2016

Posso ficar por aqui, hoje, mas ainda haverá muito com que me entreter.
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