Pelas paredes (VII)

Publicidade ao Nitrato do Chile (nitrato de sódio), em Alburquerque (Fevereiro de 2008) e em Alter do Chão (Outubro de 2009).



As histórias da casa

Algumas das histórias da casa, representativas das colecções de pintura, desenho e gravura:


Paula Rego, Amor, 1995
Pastel sobre papel montado em alumínio, 120 x 160 cm



Paula Rego, Sedução (I), 1999
Caneta, tinta e aguada sobre papel, 41,8 x 29,6 cm



Paula Rego, Outra Coelha Grávida, 1983
Acrílico sobre papel, 101 x 137 cm



Paula Rego, Mãe com filha mais velha, 1997
Serigrafia, Imagem: 69,8 x 40 cm, Papel: 75 x 56,5 cm
Prova de artista



Paula Rego, Little Miss Muffet (I), 1989
Água-forte e água-tinta, Imagem: 22,6 x 21,3 cm, Papel: 52 x 38 cm
Série Nurserie Rhymes, Prova de artista



Paula Rego, O Macaco Vermelho Bate na Mulher, 1981
Acrílico sobre papel, 65 x 105 cm



Paula Rego, Cuidar, 2007
Litografia colorida, Imagem: 47 x 59,5 cm, Papel: 47 x 59,5 cm
Série O Vinho, Prova de artista



Paula Rego, Wendy debaixo de Terra, 1992
Água-forte e água-tinta, Imagem: 27,6 x 20,2 cm, Papel: 58 x 38 cm
Série Peter Pan, Prova de artista


Outras histórias podem ser encontradas aqui, aqui e aqui.

Vista de S. Cristóvão


12 de Dezembro de 2009

Vista do Bonfim


12 de Dezembro de 2009

Fiquei neste dia a saber que se chama Pena de S. Tomé.

A casa das histórias



Estive no passado fim-de-semana e hei-de voltar. A localização é excelente, o edifício é bonito, o espaço é agradável e bem adaptado às suas funções, as colecções são representativas. Ainda para mais, aberto todos os dias, das 10 às 22, com entrada gratuita, que mais se pode querer?







Arquitectura de sobrevivência


Morro da Providência, Rio de Janeiro, 2002
Impressão Inkjet UltraChrome KIII/Premium Epson
66,25 x 53 cm


Passei hoje pelo IPP para rever a exposição "Favelas: arquitectura de sobrevivência", de Pedro Lobo. Gostei das imagens do caos pontuado por pormenores etéreos, bruxuleantes: os estendais de ninguém, uma lâmpada solitária, silhuetas fugidias, fitas esvoaçantes. Há algo de cidade fantasma, de mundo paralelo, nas imagens daqueles lugares secretos, proibidos.


Morro da Providência, Rio de Janeiro, 2002
Impressão Inkjet UltraChrome KIII/Premium Epson
72 x 90 cm



Jacarezinho, Rio de Janeiro, 2001
Impressão Inkjet UltraChrome KIII/Premium Epson
66,25 x 53 cm


Palavras do fotógrafo, no texto introdutório da exposição (retiradas daqui):

«Já faz bastante tempo que tenho utilizado a fotografia de arquitectura como um meio de tecer comentários a respeito das pessoas que vivem e ocupam estes espaços. A princípio, fotografei as favelas da cidade do Rio de Janeiro com o objectivo de mostrar a luta pela dignidade, apesar de todas as dificuldades, destas pessoas que não tem outra escolha a não ser viver nestas comunidades excluídas. A maior parte das pessoas de classe média nunca entrou em uma favela e não tem a menor ideia a respeito do universo paralelo existente nestes lugares.

A exclusão é a força criadora de um universo paralelo nas favelas: poder paralelo, economia paralela, sociedade paralela, vidas paralelas. A cidade expõe suas feridas abertas, permanentes, paralelas e, no terceiro mundo, decorrentes do idealizado no passado pelos que excluíram parcelas significativas da população.

Eu fotografo estas construções da mesma maneira que fotografaria monumentos ou residências privilegiadas. Construo estas imagens com geometria, composição e estrutura cuidadosamente planejadas buscando um resultado formal contemporâneo que inclui referências históricas da arte e, em especial da fotografia.

"Quem não entra não sabe"

As favelas do Rio de Janeiro expandem os limites da compreensão: estatísticas e de cidade, confinadas em área reduzidas, com pouca ou quase nenhuma infra-estrutura urbana. Quem não mora lá não sabe direito o que é uma favela carioca. Quero fazer com que todos entrem em uma favela e, como eu, aprendam um pouco mais sobre estas pessoas e suas condições de vida.

Estas imagens reflectem a responsabilidade com a qual lido em meu trabalho. Estas imagens não são a respeito de pobreza ou miséria, mas sim sobre seres humanos que se encontram, em situações extremamente adversas e, que apesar de tudo, decidiram não abandonar a luta por uma existência digna.»


Rio das Pedras, Rio de Janeiro, 2003
Impressão Inkjet UltraChrome KIII/Premium Epson
66,25 x 53 cm



Rio das Pedras, Rio de Janeiro, 2004
Impressão Inkjet UltraChrome KIII/Premium Epson
53 x 66,25 cm


A exposição vai estar no IPP até ao próximo dia 11. Quero ver se dou lá mais um salto.


Rocinha, Rio de Janeiro, 2005
Impressão Inkjet UltraChrome KIII/Premium Epson
66,25 x 53 cm



Rocinha, Rio de Janeiro, 2005
Impressão Inkjet UltraChrome KIII/Premium Epson
66,25 x 53 cm


Fotografias da exposição, aqui. Mais fotografias de Pedro Lobo, aqui e aqui.