Lá no fundo


Terreiro do Paço, Lisboa, Julho de 2015

Cortina


Parque das Nações, Lisboa, Junho de 2015

Gramo instantes /2


Redefinir prioridades


Estrelas
Portalegre, Abril de 2015



Bambu


Arranha-céus


Sede
Beirã (Marvão), Abril de 2015



Morta
Amadora, Abril de 2015


Sobras de quando eu brincava com filtros.

Homenagem (10)














Lisboa, Julho de 2015

A minha colecção de placas de homenagem tem andado um tanto parada (um ano, enfim), não por falta delas, mas por excesso. Podia dizer que a culpa era da Dinamarca, que até não mentia muito, mas a verdade é que, já antes, outro país tinha provocado o engarrafamento. Hão-de escoar, a seu tempo, assim o espero.
Entretanto, continuo a deixar-me fascinar pelo que se considerou digno de homenagem, por quem, como e onde (interessante, esta nova moda de homenagear no chão), e pela afirmação política que, frequentemente, lhe está associada.

Sei um ninho


Portalegre, 31 de Maio de 2015

Tenho um amigo que percebe muito da Natureza: pedras, plantas, pássaros, árvores... Também percebe muito de muitas outras coisas, pelo que recorro com frequência ao seu saber. Há umas semanas, visitou-me e disse-me logo que as minhas vizinhas da frente são duas catalpas. Eu, que já lhes tenho chamado muitos nomes, acreditei, mas, mesmo assim, fui confirmar, até para me certificar da grafia. E, pois bem, aquelas badalhocas, que tão depressa me atiram o lixo para a entrada (e para cima), como me deslumbram, são mesmo catalpas. Mais precisamente, respondem pelo nome de Catalpa speciosa.


Portalegre, 9 de Junho de 2015

Outra coisa que lhe chamou a atenção foi a construção clandestina do canto: sentou-se cá fora, a observar o movimento, ainda tentou, sem êxito, colher algum registo fotográfico digno de interesse e, no fim, sentenciou: é um macho jovem, provavelmente, expulso pela família, que ainda vai criar outra ninhada, e ele veio fazer um ninho para descansar, algo que, segundo o meu amigo, é muito normal acontecer.
Normal me pareceu tudo, até ao dia em que, pela manhã, encontrei cascas de ovos no chão.


Portalegre, 23 de Junho de 2015

Pronto, lá tive de renomear o Andy para Andie. Passei a prestar mais atenção ao que se passava no canto: ainda cheguei a ver dois em simultâneo, mas fugiam assim que eu assomava à porta; um deles começou a passar mais tempo no ninho, escapulindo ao primeiro sinal da minha presença. Nunca ia muito longe, porém: geralmente, ficava à espreita, em cima de um fio de telefone, à espera que eu me afastasse, para voltar ao posto.




Portalegre, 24 de Junho de 2015

No entanto, mantive a confiança no juízo do meu amigo, mesmo quando outro bom amigo, igualmente sabedor destas coisas da Natureza, me tentou alertar para a anormalidade da situação:


Portalegre, 24 de Junho de 2015

Entretanto, no final de Junho, tive de me ausentar, por uma semana e meia. Quando regressei, encontrei duas cabecinhas curiosas a espreitar lá de cima (um terceiro deve ter espreitado tanto que acabou estatelado cá em baixo, onde o encontrei, em avançado estado de decomposição).


Portalegre, 10 de Julho de 2015

A mãe, assim o percebi, passava longos períodos fora, causando grande alarido ao regressar, sempre em regime de toca-e-foge.




Portalegre, 13 de Julho de 2015

Foi assim até à passada Segunda-feira: de manhã, a normal rotina alimentar; durante a hora do calor, houve grande alarido, que eu não quis atrapalhar. Quando saí, lá mais para o final da tarde, o ninho estava vazio. Esquadrinhei vasos e recantos, suspeitei do gato, mas não encontrei indícios de crime. Na manhã seguinte, nada. Lá em cima, consegui vislumbrar, por entre as copas das catalpas, adultos e juvenis em voo rápido. Sobraram um ninho vazio e uma hortênsia muito suja, além da nostalgia de uma casa sem filhos.



P.S.: O meu amigo, que além de muita sabedoria tem um apurado sentido de humor, já arranjou uma explicação para o sucedido: era, sem dúvida, um macho, mas, possivelmente, aconteceu algo à irmã e ao cunhado e ele teve de ficar com os sobrinhos (acontece, às vezes).

Neve de Verão






Portalegre, Julho de 2015

Há dias em que não me importo que não venham varrer a rua.

ACP #127 a #130


Vila Nova da Rainha (Azambuja), Julho de 2015

O colega Pedro Figueira voltou à estrada e trouxe mais umas lembranças, que muito agradeço.


Aveiras de Baixo (Azambuja), Julho de 2015


Vila Velha de Ródão, Julho de 2015

Curiosa a forma como, nesta última, foram acrescentadas, manualmente, as letras em falta (ou não):




Em Nisa, indicando a direcção de Montalvão, Julho de 2015

E nova actualização da caderneta, que já conta com 130 letreiros em 101 localidades diferentes: