Space Oddity



Ground Control to Major Tom
Ground Control to Major Tom
Take your protein pills and put your helmet on

(ten) Ground Control (nine) to Major Tom (eight) (seven) (six)
Commencing (five) countdown, engines on (four) (three) (two)
Check ignition (one) and may God's love (lift off) be with you

This is Ground Control to Major Tom
You've really made the grade
And the papers want to know whose shirts you wear
Now it's time to leave the capsule if you dare

"This is Major Tom to Ground Control
I'm stepping through the door
And I'm floating in a most a peculiar way
And the stars look very different today

For here
Am I sitting in a tin can
Far above the world
Planet Earth is blue
And there's nothing I can do

Though I'm past one hundred thousand miles
I'm feeling very still
And I think my spaceship knows which way to go
Tell my wife I love her very much she knows"
Ground Control to Major Tom
Your circuit's dead, there's something wrong
Can you hear me, Major Tom?
Can you hear me, Major Tom?
Can you hear me, Major Tom?
Can you
"Here am I floating round my tin can
Far above the Moon
Planet Earth is blue
And there's nothing I can do"


Letra e música de David Bowie, Space Oddity, 1969.
Mais em David Bowie Wonderworld Fan Site.
Imagens de Yuri Gagarin retiradas de Wikipedia.

Connemara

No princípio do mês, a Vanda e a Yola foram passar um fim-de-semana a Connemara, na região de Galway. Ficaram absolutamente fascinadas com a paisagem e enviaram as fotos que se seguem.


Igreja Católica de St. Joseph, Clifden




Kylemore Abbey



Mais sobre Connemara aqui.

Fotos de Vanda Barbas e Yolanda Bilala

Limerick online

A Vanda e a Yola foram para a Irlanda, para uma temporada de estudos, no âmbito do programa Erasmus. Acabam de dar notícias e de enviar uma série de fotografias de Limerick e de outros sítios por onde já andaram.

Ainda estamos deslumbradas pelo país, que é de facto completamente diferente do nosso! Estamos a adorar esta experiência e por enquanto corre tudo às mil maravilhas!
Segue uma selecção de fotos da cidade do rio Shannon, com os meus agradecimentos e beijinhos para as duas.


Um pormenor em O'Connell Street




Mary Immaculate College


Parque


Precinct Pub


Torre do Relógio





Fotos de Vanda Barbas e Yolanda Bilala

Somewhere over the rainbow

Somewhere over the rainbow
Way up high,
There's a land that I heard of
Once in a lullaby.

Somewhere over the rainbow
Skies are blue,
And the dreams that you dare to dream
Really do come true.

Someday I'll wish upon a star
And wake up where the clouds are far
Behind me.
Where troubles melt like lemon drops
Away above the chimney tops
That's where you'll find me.

Somewhere over the rainbow
Bluebirds fly.
Birds fly over the rainbow.
Why then, oh why can't I?

If happy little bluebirds fly
Beyond the rainbow
Why, oh why can't I?



Música de Harold Arlen, letra de E.Y. Harburg.
Imagem e som (retirados daqui):
Judy Garland, no filme de Victor Fleming, The Wizard of Oz, 1939.

InterRail 2005 (III)

Devo dizer que os funcionários franceses não são dos mais simpáticos e esclarecedores. Parecem fazer um frete sempre que utilizam a língua de Shakespeare e nem sempre dão as informações mais correctas. Há que ter igualmente atenção às reservas e suplementos, pois nem sempre são necessários, mesmo que o funcionário afirme o contrário.
Apesar de a distância entre Paris e Amesterdão ser relativamente pequena, a verdade é que demorei imenso tempo a transitar entre os dois países. Passei inclusive algum tempo na gare de Bruxelas (Bélgica), mas, como acabei por nunca sair do seu interior, não há muito que contar.
Quando finalmente cheguei a Amesterdão, era noite escura. Já trazia a vantagem de conhecer a cidade (uma das que visitara no anterior InterRail), mas quando se chega cansado, com a mochila às costas e chove em catadupa, a verdade é que só se traz uma coisa no pensamento: encontrar uma cama no mais curto espaço de tempo possível! Assim voaram 30€ da minha carteira para pernoitar num quarto particular de aspecto duvidoso e não muito bem cuidado. No entanto, o tardio da hora e a época do ano (Agosto) leva a que a maioria dos hostéis esteja normalmente esgotada por esta altura, pelo que as alternativas não são muitas quando não se reserva antecipadamente, como era o caso. No dia seguinte, já com as baterias recarregadas, tratei de procurar novo alojamento, que acabou por ser um hotel à beira de um dos muitos canais. Os 20€ por noite e as melhores condições do dormitório animaram-me um pouco. E assim parti finalmente à (re)descoberta de Amesterdão.
A oferta é muita e variada. Amesterdão é muito conhecida pelas suas visões liberais: pelo seu Red Light District, que atravessei uma e outra vez num misto de curiosidade e estupefacção. Desde as mulheres nas vitrinas a tentar angariar clientes, aos "dealers" que perguntavam uma e outra vez: «You want cocain?», sex-shops porta sim, porta não, em alternância com coffee-shops, até às famílias que tranquilamente faziam o seu passeio nocturno, a cada passo mergulhava num mundo muito igual ao nosso, mas onde as coisas são feitas mais às claras. Não tenho uma posição bem definida sobre este assunto, mas muitas das razões que levaram os holandeses a optarem por este modelo assentam em premissas, a meu ver, correctas. Por ser uma excepção à escala europeia, tornou-se uma atracção turística, que traz o inconveniente de atrair algumas pessoas menos recomendáveis ao país, mas enfim... «if it's good for business, then it's a good business...»
Após passagem pelo posto de turismo, escolhi dois museus para visitar: o Museu de Van Gogh e o Amsterdams Historisch Museum. Gostaria de visitar outros, tais como a casa de Anne Frank, por exemplo, mas os preços praticados na Holanda têm muito pouco a ver com a nossa realidade social. Os mais baratos nunca custam menos de 10€ cada um. O primeiro que mencionei alberga a maior concentração de trabalhos do celebérrimo pintor Van Gogh, se bem que algumas das suas obras mais conceituadas se encontrem nas mãos de coleccionadores particulares. Inclui telas de dimensões variadas (algumas de alguns pintores contemporâneos seus amigos), uma explicação detalhada do que foi a sua vida, modelos que utilizou nas suas pinturas, etc. De qualquer das formas, creio que merece uma visita, em especial para os apreciadores de arte.
Existe também o Museu de Rembrandt, mas quem não dispõe de muito tempo terá de optar por um dos dois.
O outro museu que visitei foi o Museu de História de Amesterdão, pois a História sempre foi uma das minhas paixões. É um museu interessante, descreve a evolução da cidade ao longo dos tempos. Fiquei a saber, por exemplo, que Amstel, para além de ser uma conhecida marca de cerveja, é também o nome do rio que banha Amesterdão e é daí que vem a origem do nome da cidade, é o rio Amstel represado. Contém uma colecção de artefactos de cada uma dessas épocas. A que me chamou mais a atenção foi a da época mercantil da marinha holandesa, que na época rivalizava com a nossa (e suplantava-a). Ainda hoje em dia, continua a ser feita história nas ruas de Amesterdão. Existem canais a serem drenados para serem transformados em ruas e vice-versa, num processo de metamorfose contínuo que tornou Amesterdão numa das cidades do mundo mais interessantes de visitar.


O Red Light District. Constitui um dos principais pólos de atracção de turistas, não necessariamente pelos melhores motivos, mas enfim... Possui inúmeras vitrinas onde as mulheres se colocam a partir do fim da tarde, tentando aliciar clientes, e também sex-shops e coffee-shops em profusão ao longo do canal da foto e dos canais adjacentes. É um local com uma mística própria, especialmente à noite. No entanto, devo referir que não me pareceu ser muito seguro.

Entrada do Museu Van Gogh, um dos principais museus da cidade e que alberga a maior concentração de obras de Van Gogh em todo o mundo. Tem mensagens de boas-vindas em quase todas as línguas à entrada, português incluído... mas, se bem me recordo, a nossa continha um erro grosseiro... Palavra que eu às vezes penso existir mesmo um complot contra a nossa mui nobre, mas tão maltratada língua camoniana. Não é preciso procurar muito para encontrar exemplos palpáveis daquilo que digo.

As bicicletas são uma paixão nacional na Holanda. Este parqueamento para bicicletas à beira de um dos principais canais da cidade atesta bem as minhas palavras. Constituem óptimos meios de transporte, não provocam poluição, aproveitando da melhor forma a planura das terras holandesas, se bem que deva realçar que por lá os direitos dos ciclistas suplantam os dos pedestres por larga margem. Tive mais receio de ser atropelado por bicicletas na Holanda do que por carros... e aquele constante zumbido das campainhas nas minhas costas enervava-me sobremaneira!

Gosto muito desta foto. É a prova em como é o toque do artista e não a qualidade da tela que cria a obra de arte. A partir de uma carcaça automóvel onde foi colocada terra, criou-se um original vaso onde crescem flores e inclusive uma árvore de pequeno porte. Todos sabemos a quantidade de carros abandonados que proliferam nas nossas cidades. Muitos não são recolhidos pelas autoridades competentes, servindo de abrigo a toxicodependentes e tornando as cidades mais feias. Por que não seguir este exemplo vindo da Holanda?

Um dos maiores ex-líbris da Holanda, os famosos moinhos holandeses. Não parece, mas a foto é tirada de um comboio a alta velocidade (durante a viagem para Den Haag). O céu azul é enganador. Foi um dos dias em que apanhei uma das maiores molhas, lá mais para o fim do dia!!!
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Texto e fotos de Pedro Bicho

Balada da vida na estrada

Ou um ano a atravessar o Alentejo com o meu Nokia 3200.