Giebelsteine (5)






Hamburgo (Alemanha), Agosto de 2014

As pedras de fachada não são um exclusivo holandês. Espalhadas pela Europa, encontram-se em diversos formatos e modalidades, mas com finalidades idênticas. Na prática, torna-se difícil, em diferentes contextos culturais, distingui-las dos brasões de família e, até, dos painéis hagiográficos: que diferença fundamental existe entre a casa do S. Nicolau e a Quinta de S. João ou o Casal de Santa Teresinha? Um sítio holandês dedicado ao inventário das pedras de fachada alberga exemplares recolhidos em Portugal, que mais não são do que brasões e tabuletas.
Pela Europa fora, tenho registado diversas marcas identificativas de edifícios, algumas das quais percebi agora que estão inventariadas na categoria de gevelsteen (se o Google não me engana, Giebelstein ou Fassadenstein, em alemão, e facadesten, em dinamarquês), respectivamente, aqui e aqui.










Copenhaga (Dinamarca), Agosto de 2014

Nas fontes


Portalegre, Fevereiro de 2024

O caminhante avança, deixando-se invadir pelo sentimento de pertença cada vez mais forte: cores, cheiros, sons, o frio no rosto...
A natureza como elo de ligação de uma arte, aliás "pouco artística", onde o importante são as relações que se estabelecem, devolvendo-nos a um mundo dinâmico, em contínua transformação.
O poético profundo, abandonando o caminho, sem destino, apenas o campo aberto.











en el silencio del crepúsculo todo parece tener sentido



Ide, ide, que, apesar da má qualidade dos meus registos, vale muito a pena.

Memória futura (15)


Portalegre, Julho de 2023








Portalegre, Setembro de 2023








Portalegre, Outubro de 2023

Memória futura (14)






Jardim Zoológico, Lisboa, Agosto de 2023

O Jardim Zoológico de Lisboa, com os seus quase 140 anos de história, é um lugar fértil em memórias, de vidas, obras, lutas, visitas e inaugurações. Passaram já por aqui: o obelisco mandado erigir pelo Barão de Quintela (1748-1817, proprietário da Quinta das Laranjeiras, pai do Conde de Farrobo), em memória de D. João VI e dos combatentes portugueses na Guerra Peninsular; uma placa em sinal de agradecimento ao Ministro Duarte Pacheco; uma lápide de reconhecimento à actuação do Ministro Francisco Vieira Machado; uma placa evocativa da oferta de uma árvore pelo Rotary Clube e Rotaract Clube de Lisboa-Benfica; e o busto de Fernando Emídio da Silva (1886-1972, professor da Faculdade de Direito de Lisboa, administrador e, mais tarde, Vice-Governador do Banco de Portugal), administrador do J.Z. entre 1937 e 1972.
Desta vez, destaco a estátua em bronze de Félix Naharro Pires, presidente do J.Z. entre 1980 e 2000. A partir de 1990, adoptou uma nova política de gestão que teve por objectivos a modernização dos serviços e das instalações existentes, promovendo características naturalistas nos espaços, assim como, entre outras iniciativas, campanhas de apadrinhamento dos animais, para fazer face às despesas. O conjunto escultórico, da autoria de Luís Valadares, foi inaugurado, no dia 28 de Maio de 2009, no âmbito das celebrações dos 125 anos do Zoo, em cerimónia que contou com o Presidente da República Aníbal Cavaco Silva, que descerrou, igualmente, uma placa alusiva à efeméride, a qual tinha já passado por aqui, mas com más condições de luz e legibilidade.



De seguida, o busto em pedra de Fernando Frade (1898-1983, professor de Ciências Biológicas e de Zoologia da Faculdade de Ciências de Lisboa, chefe da Missão de Estudos Zoológicos do Ultramar, Director do Centro de Zoologia da Junta de Investigação do Ultramar), administrador do J.Z., de 1953 até ao ano da sua morte.



Ainda, o padrão de homenagem à primeira Direcção do J.Z., com a lista de todos os nomes que a constituíam, encabeçada por D. Fernando II, como presidente honorário, a que se seguem diversas personalidades de renome, a saber: Visconde de S. Januário (Januário Correia de Almeida, 1829-1901, militar, governador colonial, político e diplomata, presidente da Direcção do J.Z.), Dr. António Augusto Carvalho Monteiro (1848-1920, o "Monteiro dos Milhões", do palácio da Quinta da Regaleira), Barão de Almeida Santos (António José de Almeida Santos, 1830-1906), Barão de Kessler (Frederico Luís Atanásio Hermano Kessler, 1843-1895, engenheiro civil, filho do médico do rei D. Fernando), Dr. Carlos May Figueira (1829-1913, médico e professor da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa), Conde de Ficalho (Francisco Manuel de Melo Breyner, 1837-1903, botânico, fundador do Jardim Botânico de Lisboa), Dr. Eduardo Burnay (1852-1924, médico, professor e político, irmão do 1.º Conde de Burnay, banqueiro), Eduardo Coelho (1835-1889, jornalista, fundador do Diário de Notícias), Francisco Isidoro Viana (o "Vianinha", 1821-1900, banqueiro, fundador da casa bancária Fonsecas, Santos & Vianna, fundador e Presidente do Conselho de Administração da Companhia dos Tabacos de Portugal), Francisco Rebelo de Andrade (1827-1890), Dr. José Tomás de Sousa Martins (1843-1897, médico e professor catedrático da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, por quem a minha avó tinha grande devoção), Eng.º Miguel Carlos Correia Pais (1825-1888, militar e engenheiro civil), Dr. Fernando Matoso Santos (1849-1921, professor de Zoologia e Anatomia Comparada da Escola Politécnica e, mais tarde, estadista), Dr. Pedro Adriano Van Der Laan (1841-1888, médico oftalmologista holandês radicado em Lisboa e um dos primeiros entusiastas da fundação do J.Z.), Dr. Vicente Rodrigues Monteiro (1847-1936, advogado e político, 1.º Bastonário da Ordem dos Advogados). Este padrão foi erigido por ocasião do 60.º aniversário do J.Z., em 1944.









E mais duas placas que assinalam a inauguração do teleférico e da Tapada do lince-ibérico, respectivamente, pelo Presidente da República Mário Soares e pelo Secretário de Estado Miguel de Castro Neto.