Ciência viva


Parque das Nações, Lisboa

Feriados. Já nem me lembro quantos houve este ano, nem como os aproveitei. Insisto, teimosamente, em esquecer que o próximo mês só tem cerca de quinze dias de trabalho e que traz um dos períodos de interrupção lectiva (vulgo férias) mais ansiados e merecidos do ano. Relevante, a crueldade de um calendário que dissolve dois dias de santo descanso em idêntico número de fins-de-semana anónimos, sem história, aposto que com chuva.
O último ainda o recordo mais risonho, uma quinta-feira de sol a justificar um fim-de-semana prolongado. Aproveitei-o para explorar o Pavilhão do Conhecimento, um espaço que ainda não me tinha chamado suficientemente a atenção. Foi precisa a ênfase publicitária a cheiros e ruídos nojentos, e lá fui eu, confirmar com os meus próprios sentidos.
Mais palavras para quê, o Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva apresenta-se a si mesmo como "um museu interactivo de ciência e tecnologia que visa tornar a Ciência mais acessível para todos, estimulando a exploração do mundo físico e a experimentação".
A exposição temporária Knojo! A Ciência Indiscreta do Corpo Humano é a nova atracção para crianças mais e menos pequenas. Aproveitei a hora de almoço, do que não me arrependo nada: cerca das 16 horas eram muitas dezenas as pessoas à espera para entrar, pelo que imagino que a possibilidade de experimentação acabasse frustrada. O módulo dos maus cheiros foi o que mais me marcou, e mais não digo.



As exposições permanentes são, porém, ainda mais marcadas pelo fascínio da descoberta e da experimentação. Explora, Vê, Faz, Aprende! e Matemática Viva brindam-nos com elipses e camas de faquir, caleidoscópios e espectros de luz, hologramas, resistências, parábolas, sons e mil e uma razões para nos perdermos no tempo e na nossa própria curiosidade. E o reencontro com o enigma favorito do meu avô, o dos cavaleiros que eu nunca tinha conseguido sentar nas respectivas montadas, que, como todos os enigmas realmente interessantes, tem uma solução demasiado simples para parecer séria.
Ainda a exposição temporária A Fí­sica no Dia-a-Dia - O Livro Vivo de Rómulo de Carvalho com as suas 73 experiências ao alcance do povo, como pretendia o autor.

3 comentários:

Susana Rodrigues disse...

e os meus meninos da sala dos 4 anos já lá foram :)

Teresa O disse...

A sério? Deve ter sido uma experiência maravilhosa para as crianças, para as educadoras é que já não sei ;-)
E o estágio, como está a correr?
Força e bom trabalho!

Susana Rodrigues disse...

O estágio neste momento decorre em casa: apanhei escarlatina com os meninos... ainda me mato naquela creche (também tenho o ante-braço esquerdo todo negro porque caí depois de tropeçar nas cadeiras que eles insistem em ter a 50 cm's das mesas...)