Portalegre, 17 de Março de 2016
As minhas floreiras são um verdadeiro compêndio de biologia. Há tempos, entre o endro e o ramo seco do manjerico -- aquele que eu não cortei porque albergava uma enigmática crisálida, a mesma que a minha fada do lar limpou antes que eclodisse, da mesma forma que limpou o sebo à nossa amiga Olga, que apelidou de peçonhenta, e sabe Deus por que é que há tanto tempo não temos notícias da Carlota, que nos saudava todas as manhãs, do canto do tecto --, como eu estava a dizer, entre o endro e os restos do manjerico, nasceu uma qualquer planta de folhas longas e brilhantes que eu deixei crescer, a ver no que dava. Um dia, surgiu uma cápsula numa haste longa e encurvada, de onde saíram umas duas dúzias de botões, que têm vindo a abrir, dia após dia.
6 de Fevereiro
25 de Fevereiro
28 de Fevereiro
1 de Março
7 de Março
10 de Março
Continuo a deixar-me fascinar pelas pequenas maravilhas que florescem na (e a) minha vida.
A propósito, faz hoje sete anos que mudei de nome e de vida -- parece que foi ontem, e parece que foi sempre assim, e já nem saberia ser de outra maneira.