Heavens above (65)
Portalegre, Outubro de 2023
E foi tudo, que o Sol mal se deixou ver.
por aqui, por ali e mais além
Portalegre, Outubro de 2023
E foi tudo, que o Sol mal se deixou ver.
:: Teresa O :: terça-feira, outubro 31, 2023 0 comentário(s)
Etiquetas: Alentejo, Efeitos de luz, Portalegre, Portugal
Alandroal, Outubro de 2023
Íamos nós a caminho de Terena, pela Estrada Nacional 255, numa manhã de nevoeiro, quando, 3 km passados do Alandroal, tropeçámos numa extraordinária mostra de arte urbana, junto à entrada do Monte da Fonte Santa.
Do lado esquerdo, um mural de 27 metros da autoria de Alexandre Farto "Vhils", realizado em duas noites e um dia de Novembro de 2016.
À direita do portão, os Big Trash Snails, feitos por Bordalo II, em Dezembro de 2017.
:: Teresa O :: quinta-feira, outubro 26, 2023 0 comentário(s)
Etiquetas: Alentejo, Arte de rua, Pelas paredes, Portugal
Amesterdão (Holanda), Agosto de 2023
As pedras de fachada ostentam, normalmente, uma imagem com uma inscrição ou, às vezes, apenas uma data. Algumas ilustram o nome ou a profissão do proprietário, outras têm nomes de pessoas famosas ou de destinos comerciais distantes; outras, ainda, exibem uma divisa pessoal ou familiar, uma citação bíblica ou até uma piada ou um trocadilho.
São uma tradição que se mantém viva e que tem evoluído com o tempo, havendo ainda quem as encomende e quem as faça. O escultor Hans 't Mannetje foi um dos autores contemporâneos mais reconhecidos e solicitados para esse fim.
As pedras de fachada são, habitualmente, esculpidas em pedra natural, mas também as há em terracota e até em madeira de carvalho; na origem, eram policromadas, e muitas ainda o são.
:: Teresa O :: terça-feira, outubro 24, 2023 0 comentário(s)
Etiquetas: Comunicação e Artes, Holanda, Pelas paredes, Santos, Semiótica
Alandroal, Outubro de 2023
Num dia cheio de descobertas, consegui aumentar a colecção com mais três letreiros. Na vila do Alandroal, encontrei dois, um, aparentemente genuíno e o outro, uma cópia moderna de um letreiro que deverá ter existido aqui. Em Terena, encontrei o terceiro, genuíno e completo.
Terena (Alandroal), Outubro de 2023
:: Teresa O :: domingo, outubro 22, 2023 0 comentário(s)
Etiquetas: ACP, Alentejo, Azulejos, Colecções, Pelas paredes, Portugal
Amesterdão (Holanda), Agosto de 2023
A Scheepvaarthuis, ou "Casa Naval", é um dos primeiros edifícios representativos da Escola de Amesterdão, movimento arquitectónico ligado ao Expressionismo que se desenvolveu nesta cidade, sensivelmente, entre 1913 e 1930. Foi listada no registo de Rijksmonumenten (Monumentos do Estado ou Monumentos Nacionais), em 1974, com o número 4158.
Erigido no local de onde, em 1595, Cornelis de Houtman zarpou para a sua primeira viagem às Índias Orientais, o edifício foi encomendado, em 1912, por seis companhias de navegação com sede na cidade -- Stoomvaart-Maatschappij Nederland (SMN), Koninklijke Paketvaart Maatschappij (KPM), Java-China-Japan Lijn (JCJL), Koninklijke Nederlandse Stoomboot-Maatschappij (KNSM), Nieuwe Rijnvaart Maatschappij (NRM) e Koninklijke West-Indische Maildienst (KWIM) -- para aí estabelecerem os seus escritórios. Estas companhias marítimas estavam todas envolvidas no comércio global, dizia-se até que as suas linhas combinadas circum-navegavam a Terra em várias direcções, a partir de entrepostos holandeses nas Índias Orientais e Ocidentais.
O local escolhido para a construção, situado na Prins Hendrikkade, na ponta ocidental da ilha artificial de Waalseiland, era perfeito, pois ficava perto de Oostelijke Handelskade, que era o cais onde os navios mercantes atracavam e de onde partiam. Contudo, a disponibilização do terreno obrigou à demolição de mais de uma dezena de edifícios.
Os contratantes pretendiam um edifício de escritórios prático, moderno e funcional que remetesse, simultaneamente, à rica tradição naval dos Países Baixos, exalando esplendor e força.
A concepção e a execução do edifício foram confiadas aos irmãos Johan Godart e Adolf Daniël Nicolaas van Gendt, que foram responsáveis pela implementação técnica e pelo design da estrutura de betão, em forma de navio, e a componente estética coube ao então relativamente desconhecido arquitecto Jo van der Mey.
Van der Mey inspirou-se no movimento Art Nouveau e deu-lhe um toque distintamente holandês, caracterizado pelo dinamismo expressivo, ornamentação luxuosa e enfeites coloridos. Este arquitecto ficou responsável pela coordenação do extenso programa simbólico e escultórico, tanto exterior quanto interior, no qual participou um grande número de artistas. A maior parte foi obra dos escultores Hildo Krop e H. A. van den Eijnde, mas participaram também outros artistas muito conhecidos, entre eles os arquitectos Michel de Klerk e Piet Kramer, que, em conjunto com van der Mey, formam o trio de fundadores da Escola de Amesterdão.
Ao convidar os seus colegas para trabalharem no projecto, van der Mey pretendeu transformá-lo numa Gesamtkunstwerk, ou obra de arte total. A equipa de artistas aplicou generosamente os motivos marítimos, até nos mais pequenos detalhes. Ondas, criaturas marinhas e navios aparecem em quase todos os lugares: não apenas em vitrais, esculturas e mármore, mas também em móveis e acessórios como tapetes, cadeiras e papel de parede. Tão-pouco faltou a tradicional pedra de fachada, com o lema Samen sterk, "Fortes juntos".
A primeira fase da construção da Scheepvaarthuis demorou três anos a concluir, de 1913 a 1916; a segunda fase, prevista no projecto original, desenrolou-se entre 1926 e 1928.
Em 1942, o edifício foi requisitado pela Administração Social alemã, que empurrou os escritórios das companhias de navegação para os pisos 3 e 4. A normalidade só seria restaurada com o fim da guerra, em 1945. Porém, o declínio dos transportes marítimos começou a pôr em causa a dispendiosa manutenção do edifício e, gradualmente, as companhias marítimas foram relocalizando os seus escritórios. A última saiu em 1981.
Em 1979, o edifício é adquirido pelo investidor imobiliário Maurits Caransa, que, em 1983, o vende ao município, que aí instala os escritórios da Companhia Municipal dos Transportes de Amesterdão (GVB). Para o adaptar às suas novas funções, o interior foi reformado no estilo predominante da época, com acréscimos que incluíam painéis de tecto em tons pastel, piso elevado, para instalação das ligações para os computadores, e faixas de iluminação.
Em 1998, o edifício vai novamente ao mercado e é adquirido pela família Van Eijl, proprietária dos hotéis e restaurantes Amrâth. A fachada é, então, restaurada, em colaboração com o Gabinete de Monumentos e Arqueologia, sob a supervisão da Van Hoogevest Architecten. Com a saída dos escritórios da GVB, em 2004, têm, então, início as obras para adaptação do edifício a hotel de luxo, com 205 quartos, incluindo 22 suites, 8 salas para conferências ou banquetes, um restaurante, um bar lounge, um centro spa & wellness, na cave, e uma adega, no antigo cofre-forte.
O projecto passa pelas mãos dos arquitectos da Rappange & Partners e, na terceira fase, em 2005, é confiado ao arquitecto Ray Kentie. A Kentie en Partners concentrou-se no mobiliário, interior e design das suites dos quartos monumentais. Ray Kentie inspirou-se no original e luxuoso estilo arte nova e, mantendo a tradição do Gesamtkunstwerk, convidou artistas como Gerti Bierenbroodspot e Christie van der Haak para completar a reforma.
Os trabalhos de restauro foram realizados em estreito contacto com o serviço municipal de conservação de monumentos. Além do restauro de muitos detalhes monumentais ainda presentes, o hotel foi projectado de forma a afectar o mínimo possível o carácter original do edifício. Por exemplo, o mobiliário original foi utilizado nos quartos mais monumentais, novos tapetes e revestimentos de parede foram concebidos com base em designs originais antigos e as casas de banho foram colocadas, como divisões de vidro, no meio de alguns quartos, sem os afectar.
As pinturas e esculturas de conchas, peixes, sereias e monstros marinhos de Bierenbroodspot podem ser vistas em todos os quartos e corredores, e há até golfinhos azuis de Delft pintados à mão no fundo da piscina. Gerti também desenhou as porcelanas utilizadas no restaurante. Já Christie van der Haak desenhou o mobiliário interior dos quartos, do restaurante e do bar e inspirou-se nos padrões de Theo Nieuwenhuis. Os guardanapos de damasco foram tecidos à mão nas oficinas do Museu do Têxtil. Um grupo de sereias em bronze, esculpido por Luigi Galligani, dá as boas-vindas aos clientes do restaurante Seven Seas.
O Grand Hotel Amrâth Amsterdam foi inaugurado em Junho de 2007. Em 2018, foi ampliado na parte traseira com uma nova ala projectada por Ray Kentie, com garagem e 40 quartos de hotel. A extensão conecta-se às paredes da fachada existente das casas em Binnenkant e Buiten Bantammerstraat e é projectada como edifícios diferentes com entradas próprias.
:: Teresa O :: sexta-feira, outubro 20, 2023 0 comentário(s)
Etiquetas: Comunicação e Artes, Holanda
Portalegre, Setembro de 2023
:: Teresa O :: segunda-feira, outubro 02, 2023 0 comentário(s)
Etiquetas: Alentejo, Efeitos de luz, Portalegre, Portugal
La imagen es un lugar perverso. En ella se detiene todo aquello que ha de irse. La imagen suspende el curso, lo entorpece, nos entorpece. (Chantal Maillard) |