Pelourinho de Proença-a-Velha


Proença-a-Velha (Idanha-a-Nova), Abril de 2024

Não estava previsto determo-nos em Proença-a-Velha, mas o letreiro do ACP, primeiro, e o pelourinho, depois, tornaram a paragem obrigatória.
O Pelourinho de Proença-a-Velha, localizado no Largo da Praça, "terá sido erigido no século XVI, na sequência da concessão do Foral Novo, por Manuel I de Portugal, em 1 de Julho de 1510, confirmando a esta antiga vila beirã o estatuto concelhio que lhe havia sido outorgado em 1218, por D. Pedro Alvites, Mestre da Ordem dos Templários, à qual D. Afonso Henriques havia doado toda esta região aquando da Reconquista cristã, para que a defendessem e repovoassem".


"Estrutura em cantaria de granito, composta por soco circular de quatro degraus, bastante elevados. Coluna com base octogonal fuselada na parte superior e fuste octogonal de superfície plana, sendo o fuste composto por duas peças de diâmetro decrescente, apresentando na zona superior meias esferas. Capitel de secção octogonal, onde assenta o remate, em peça prismática de secção octogonal, apresentando armas reais (lado E.), cruz de Cristo (lados N. e S.), esfera armilar (lado O.), elementos esses ligados por motivos em forma de cabo. O remate é encimado por peça cónica decorada com grinaldas estilizadas e coroada por duas pequenas esferas sobrepostas, que sustentam catavento em ferro com bandeirola e cruz de Cristo."
Foi classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto nº 23122, publicado no Diário do Governo nº 231, de 11 de Outubro de 1933.



À esquerda do pelourinho, encontra-se o Fontanário da Praça.

ACP #172




Proença-a-Velha (Idanha-a-Nova), Abril de 2024

Assim começou uma magnífica escapadinha de Primavera. E começou bem!

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Portalegre, 25 de Abril de 2024

19.º Portalegre JazzFest
















Portalegre, Abril de 2024

A caminho dos 20, sempre em bom.

Aigra Nova


Aigra Nova (Góis), Novembro de 2023

Aigra Nova é uma pequena povoação do concelho de Góis, na Serra da Lousã, integrada no projecto das Aldeias do Xisto. O projecto, iniciado em 2001, pretende desenvolver um território em vias de desertificação, através da criação de uma rede de 27 aldeias de 16 concelhos do Centro do país, com uma oferta turística, cultural e natural diversificada.




"A aldeia é de malha urbana simples, correspondendo a um acesso que, no início da aldeia, se divide em três pequenas ruas que a atravessam e se encontram na saída pelo acesso do lado oposto. O material de construção predominante é o xisto, estando algumas construções rebocadas. As padieiras das portas são, em geral, de madeira de carvalho ou castanho.
Todas as casas erigidas com blocos de xisto obedeceram a regras de construção de modo a se afirmarem resistentes às intempéries e ao passar do tempo. Dispostas em aglomerados, incluem dois pisos: o piso assobrado, ou primeiro andar, e o rés-do-chão, geralmente térreo, que deveria albergar o gado. Contudo, também desta regra surgiu a excepção e construíram-se nas imediações de cada povoação vários grupos de currais, ou cortes. Cada um ou mais destes edifícios era propriedade da respectiva casa da comunidade, consoante o património e poderio do proprietário, em cabeças de gado. O segundo piso funcionava também como loja, uma área de arrumos, onde estariam armazenados os cereais, a talha com o azeite, a salgadeira com a carne de porco, as alfaias agrícolas e, por vezes, tinham ainda uma pequena adega com pipas e dornas de fazer o vinho."





A visitar, o Ecomuseu das Tradições do Xisto, muito completo e informativo.







Mémoire future (17)




Genebra (Suíça), Dezembro de 2006

A homenagem pública mais impressionante que encontrei em Genebra foi o Monumento de Brunswick. Consiste num imponente mausoléu em mármore de Carrara e pedra de Verona, construído, em 1879, para albergar os restos mortais do Duque de Brunswick, falecido na cidade, em 1873.
Carlos II foi duque de Brunswick (Brunsvique, em português) entre 1815 e 1830. Na prática, por ser ainda criança quando lhe morreu o pai, só conseguiu autorização para exercer o poder ao completar 19 anos, no dia 30 de Outubro de 1823. Até aí, a regência foi exercida pelo seu tutor legal, o futuro Rei Jorge IV do Reino Unido, então Regente do Reino Unido e de Hanôver, primo direito do seu pai e casado com uma sua tia paterna.
Karl Friedrich August Wilhelm era um homem culto, grande linguista, cavaleiro, xadrezista, amador de música, e um bom investidor, que conseguiu construir uma enorme fortuna. Porém, revelou-se politicamente pouco hábil: ao tentar reverter a constituição aprovada durante a sua menoridade, que limitava os seus poderes, território e rendimentos, criou conflitos com a Casa de Hanôver e com a Confederação Germânica. Forçado a ceder nos seus intentos, não se livrou, contudo, da fama de autoritário, corrupto e mau governante, tendo de fugir de um levantamento popular que pretendia ver o governo nas mãos do seu irmão mais novo. Viveu exilado entre Paris e Londres, sempre a reclamar os seus direitos e a processar quem o incomodava. Em 1870, após o início da Guerra Franco-Prussiana, mudou-se para Genebra.
Revoltado com a sua família, e estando já com a saúde debilitada, redigiu um testamento segundo o qual a sua imensa fortuna reverteria para a cidade de Genebra, na condição de lhe serem prestadas memoráveis honras fúnebres e de ser erigido em sua memória, em lugar nobre da cidade, um sumptuoso mausoléu, à imagem dos túmulos dos Scaligeri, em Verona. Numa cidade protestante e avessa a actos ostentatórios, a última vontade do Duque gerou celeuma, mas o valor em causa falou mais alto. O monumento foi, finalmente, construído pelo arquitecto Jean Franel, em 1879, no Jardim dos Alpes, de frente para o Lago Léman. Quando foi erigido, o mausoléu era encimado por uma estátua equestre de Carlos II, que teve de ser apeada, em 1890, devido a problemas estruturais do monumento.






Genebra (Suíça), Dezembro de 2006 e Janeiro de 2007

Outra grande homenagem foi feita pela cidade ao seu filho dilecto, o escritor e filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). O monumento consiste de um pedestal em pedra encimado por uma estátua em bronze, concebida pelo escultor James Pradier. Foi inaugurado em 1835, no centro geográfico de Genebra, a Ilha das Barcas, no rio Ródano, desde então rebaptizada com o nome de Ilha Rousseau.