Lembranças do Rio de Janeiro (III)
Entre as folgas que o congresso permitiu e as que nós forçámos, conseguimos arranjar tempo para passear bastante no Rio...
> Pão de Açúcar: a mais estranha das colinas invulgares que circundam a cidade. Oferece uma vista magnífica sobre todo o Rio e a baía da Guanabara, pelo menos quando o tempo o permite. Um sistema de teleféricos (o bondinho) leva-nos da Praia Vermelha até ao Morro da Urca e dali ao cimo do Pão de Açúcar. A viagem em si já é encantadora.
> Cristo Redentor: no cimo de outro morro, o do Corcovado, oferece outra vista privilegiada. O acesso, pelo Trem do Corcovado, é também de interesse. Na base da estátua, a capela de Nossa Senhora Aparecida.
> Metrô: é pequeno, tem só duas linhas, pelo que, para a maioria das deslocações, tem de ser conjugado com outro meio de transporte. Mas, se bem me lembro, a arquitectura das estações vale a visita.
O Pão de Açúcar e a Guanabara: vista do morro da Urca
> Floresta da Tijuca: a maior floresta urbana do mundo, é um belíssimo exemplar de mata atlântica. Simultaneamente, é uma frustração para quem, na sua ingenuidade tola de turista, espera coqueiros e bananeiras bem no meio do Rio. Palmeiras, só mesmo no calçadão, ao longo das praias, a rimar com os quiosques de bebidas frescas e as esplanadas.
> Feira Hippie: aos domingos, em Ipanema, tem de tudo, desde artes plásticas até artesanato, doces e os mais variados artigos.
> Feira de artesanato: em Copacabana, ao longo da Avenida Atlântica. Um óptimo sítio para comprar souvenirs, foi também o destino privilegiado de vários dos nossos serões, apesar do cheiro provocado pelas obras que então decorriam na zona, com vista à remodelação do sistema de tratamento de esgotos.
O Mosteiro de S. Bento
> Mosteiro de São Bento: austero por fora, barroco por dentro, muitos anjinhos, muitos dourados...
> Confeitaria Colombo: uma espécie de Pastelaria Versailles em tamanho grande (de resto, fiquei com a impressão de que no Rio há tudo o que há em Lisboa, mas numa escala diferente): Arte Nova, espelhos, dourados...
> Café das Artes: um dia, depois de muito termos falado no assunto, a Tânia e o Roberval ofereceram-se para nos levarem a conhecer uma gafieira. Antiquário durante o dia, espaço de dança à noite. Muito agradável e animado.
O calçadão de Copacabana e o contador para o 5º centenário do Achamento
(faltavam 530 dias)
> Museu Histórico Nacional: foi o único museu que visitámos. Uma grande colecção de material bélico e de numismática.
> Centro Cultural Banco do Brasil: não o visitámos, verdadeiramente, foi mais entrar, para admirar o edifício, e sair. Estávamos já muito cansados, nesse dia.
> E, como não há passeio cultural sem espectáculos, um concerto da Orquestra Filarmônica do Rio de Janeiro, no Hotel Copacabana Palace, e uma comédia leve, no Teatro Clara Nunes: Só pra divertir, de Gugu Olivemecha, dirigida por Herval Rossano e protagonizada por alguns nomes conhecidos das novelas da Globo.
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