A day in the life of Africa

28 de Fevereiro de 2002
Um dia, um continente, 100 fotógrafos


Anne Day / Cabo Verde


Seamus Conlan / Namíbia, Otjekwa


George Steinmetz / Namíbia, Windhoek


Benoit Gysembergh / São Tomé e Príncipe, São Tomé


Sebastião Salgado / Somália, Jamaame


Peter Turnley / Eritreia, Asmara


Chris Rainier / Sudão, Ruínas de Meroe


Bruno Barbey / Marrocos, Marraquexe

A day in the life of Africa:
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Marthiya de Abdel Hamid

Não sei
Se tornarei a ver
As caravanas
Que de madrugada
Atravessam o deserto
Em frente
Às ruínas de Palmira

Ou
As azenhas milenares
De Hama
A chiar de esforço
Quando elevam
A água do Ononte
Até ao aqueduto
Que encima a cidade

Ou
A paisagem
Aos pés do monte Kasyun
Coberta de estrelas
Que caíram
E se fizeram
Pura luz esparsa:
A cidade de Damasco

Não sei
Se tornarei
A fazer a viagem nocturna
No comboio de Bagdad:
Alepo, Nínive,
Tikrit...

E se outra vez ainda
Poderei erguer os olhos
E ver a beleza de Nahila
Nos limites da sua açoteia.

Já ouvi dentro de mim
Um trovão
Fender-me a alma.

Para a unir de novo
Não sei o que terei de enfrentar.



Poema de Alberto Pimenta, Marthiya de Abdel Hamid segundo Alberto Pimenta, Lisboa, &etc, 2005, pp. 53-54.
Imagem de Wikipedia.

Tricks of the light



Costumo dizer que a Noruega me ofereceu as paisagens mais bonitas que tive oportunidade de apreciar, mas a verdade é que a Finlândia não se ficou muito atrás. O impacto que os fiordes provocam pela imponência da verticalidade tem um justo correlato no efeito estético da extensão plana dos lagos. Aquela imensidão de água, conjugada com os efeitos da luz setentrional, oferece imagens de uma grande beleza, que sempre inspiraram os artistas finlandeses.





Pintura de Hugo Simberg (1873-1917)
Spring Evening during Ice Break (Kevätilta jäänlähdön aikaan), 1897
Óleo sobre tela, 27 x 37 cm
Helsínquia, Ateneum

O vagabundo do Dharma

Não aguento o chilreio dos pássaros
Neste momento estou deitado na minha cabana

As cerejas são de um vermelho vivo e luminoso
Os salgueiros direitos suas flores lãzudas

A alvorada traz na boca os picos azul-verdes
As claras nuvens banham-se no tanque

Quem sabe que eu saí do mundo da poeira
E avanço subindo o flanco da Montanha Fria?

Poema atribuído a Han-Shan (séc. VII ?), editado em O vagabundo do Dharma - 25 poemas de Han-Shan, versões poéticas de Ana Hatherly, sobre tradução do chinês de Jacques Pimpaneau, Lisboa, Cavalo de Ferro Editores, 2003, p. 76.

Pintura de Marisa Noblejas, A 3ª Visão, 2005
Técnica mista sobre tela, 100 x 35 cm

As minhas imagens\Noruega


Palácio Real (Oslo)


Navio Fram (Frammuseet, Oslo)


Færlandsfjorden, de manhã cedo


Færlandsfjorden, glaciar ao fundo


Bøyabreen


Torre Rosencrantz (Bergen)

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