Cariocas

Cariocas são bonitos
Cariocas são bacanas
Cariocas são sacanas
Cariocas são dourados
Cariocas são modernos
Cariocas são espertos
Cariocas são diretos
Cariocas não gostam de dias nublados
Cariocas nascem bambas
Cariocas nascem craques
Cariocas têm sotaque
Cariocas são alegres
Cariocas são atentos
Cariocas são tão sexys
Cariocas são tão claros
Cariocas não gostam de sinal fechado...

Adriana Calcanhotto, A Fábrica do Poema, Sony Music, 1994.


Cristo Redentor

Fotos em Belfast (II)

Mais um conjunto de fotos, dos enviados especiais em Belfast. Com os meus agradecimentos e um grande beijinho de parabéns à Ana!


Queen's University.

St. Mary's College sem carros, numa manhã de sábado, com o sol a fazer das suas.

A recepção! A vermelho... humm!

A parte de baixo da biblioteca.

As salas de Literatura Irlandesa. Giras...

O ginásio do colégio. Gratuito!

Os balneários do ginásio.

A cantina!

Olha que beleza de tapetes! Até dá vontade de não pisar...
Fotos e comentários de Ana "Péu"

Fotos em Belfast (I)

Daqui agente Péu,
A missão "Fotos em Belfast" está a correr às mil maravilhas. Os irlandeses não dão por nada!!
Como prometido, aqui vai a primeira fornada de fotos. Espero que goste!
Jocas da agente Péu


Vista do avião sobre Belfast.

A nossa casa na Broadway Road!!! N. 47.

A casa de banho da minha casa. Sim, temos retrete, mas não ficou na foto por razões pessoais...

A primeira refeição decente dos belgas.

É uma má foto... mas é de um Black Taxi! Os táxis que fazem um único percurso, mas é do mais barato que se arranja: 1£ por cada corrida!

O nosso tour pelos pubs mais antigos de Belfast: Kelly's Cellars!

A entrada do Kelly's Cellars. É tipo taverna. Muito rústico!

O pub em que não entrámos... No primeiro andar é uma discoteca, onde temos de pagar 4 libras... E por baixo é um pub que está sempre cheio, é engraçado! Sempre com muita gente aos fins-de-semana!

Palavras para quê...
Texto e fotos de Ana "Péu"

Impressionismo







A praia da Parede, pelo meu Nokia 3200 (07.fev.05).

More news from Belfast

Olá, Prof. Teresa Oliveira!
No fim-de-semana passado, visitei a histórica e pitoresca cidade de Armagh. A Ana preferiu não ir, pelo que fui, logo de manhãzinha, com mais cinco estudantes do Erasmus que também tinham interesse na visita: 2 belgas, 2 lituanas e uma holandesa. Passámos lá o dia, e o bilhete de ida e volta não foi assim tão caro, 9£ ida e volta. Foi muito agradável.
Armagh situa-se a sudoeste de Belfast, mas a poucos quilómetros de distância. Apesar de não ser muito grande, é uma das cidades com mais significado no panorama irlandês, devido às suas ligações com o passado celta e o período em que St. Patrick percorreu a Irlanda (essencialmente a zona norte da ilha) em missões de evangelização e propagação da fé cristã, junto das comunidades pagãs. Visitei alguns museus, onde assisti a algumas exposições, cuja entrada custou 4£: sobre o passado celta, sobre St. Patrick e uma sobre Gulliver (personagem criada por Jonathan Swift) e os liliputianos, que achei particularmente muito interessante.
A cidade tem duas catedrais imponentes, ambas dedicadas a St. Patrick e ambas com um interior igualmente digno de um olhar mais atento. Como em Belfast, os edifícios e as habitações são muito cinzentos e desprovidos de cor (construções tipo-tijolo), os preços, algo elevados para os padrões a que estamos habituados. Existe uma profusão de bares muito grande, o equivalente dos irlandeses aos nossos cafés, em qualquer esquina encontramos um.
Uma situação que me causa alguma estranheza e que me incomoda um pouco é o desapego (ou desleixo) que os irlandeses têm perante as suas coisas. Aqui na sala dos computadores, é frequente ver coisas esquecidas... do mesmo modo, é também raro o dia em que não apanho moedas do chão, o que, mesmo sendo as de mais baixo valor, creio ser significativo e um traço revelador do modo de estar na vida do povo irlandês.
Esta Quinta-feira fiz uma apresentação baseada num livro que li, Irish Tales, de Michael Scott, sobre contos irlandeses que gostei particularmente de pesquisar, durante a qual tive a oportunidade de ler alguns desses contos, e de que a professora de Evolution of the Irish landscape gostou muito. Fiz um resumo de cada conto existente no livro, acompanhado por algumas imagens e com o correspondente enquadramento histórico e social.
A apresentação da Ana teve mais a ver com aspectos religiosos e da fé pagã: falou sobre os Banshees (figuras fantasmagóricas, com poderes místicos), sobre os Druidas (os sacerdotes na sociedade celta) e sobre o calendário do Zodíaco Celta, que é representado por árvores, em número de 13; aquela que tem um significado maior é o carvalho (oak).
Este fim-de-semana, pretendo prosseguir as minhas viagens exploratórias, até porque, durante a próxima semana, só temos duas aulas na Terça, antes da Teaching Practice, que terá o seu início na semana seguinte, e cujo início já aguardamos com alguma expectativa. No entanto, parece que vamos ter de permanecer por cá até ao final do semestre (que aqui termina a 19 de Maio), para termos os 30 créditos necessários às correspondentes equivalências com as disciplinas portuguesas, apesar de a maioria dos estudantes Erasmus regressar mais cedo às respectivas Instituições de Ensino. Isso significa que, muito provavelmente, só regressaremos a 19 de Maio, ou no dia seguinte.
Cordiais saudações,
Pedro Bicho



> Esta foto e outras.

Cidade maravilhosa

Desembarcámos no aeroporto do Galeão, no dia 1 de Novembro de 1998, para 10 dias repartidos entre um congresso e passeios. Lembro-me de que quando entrei no táxi abri muito os olhos, para reter o máximo possível de imagens e sensações da Cidade Maravilhosa. Tinha a cabeça cheia de postais ilustrados e imagens de telenovela, que esperava reencontrar. Mas, à medida que o motorista avançava rumo ao nosso hotel, em Copacabana, fui sendo assaltada pelo desconforto de quem sente que se enganou no caminho.
Ao longo da auto-estrada, estendia-se um imenso caos urbanístico de casas de tijolo nu, semi-construídas. «É o bairro da Maré, é uma favela. E não é a maior», esclareceu o motorista. Nunca me passara pela cabeça que uma favela pudesse ser tão grande. Aquela tinha a dimensão de uma cidade portuguesa do interior.
A luz do crepúsculo não conseguia disfarçar o tempo cinzento e fresco – uma temperatura de 20º C é considerada baixa para a Primavera carioca. O furacão Mitch, que assolava ainda a América Central, causara perturbações sérias no clima, que se mostrou muito irregular durante o tempo que lá estivemos.


Uma vista do Pão de Açúcar

A instabilidade do clima foi, de facto, o que perturbou mais a nossa estada. Isso e o facto de a British Airways ter perdido as nossas malas, que só apareceram ao fim de 3 dias. A humidade relativa era de tal forma elevada que qualquer tentativa de lavar roupa se revelou infrutífera. Além da humidade típica de um clima tropical, havia a chuva miúda e o nevoeiro. Quando, ao fim de uns dias, o sol abriu, a cidade parecia outra.
O Rio de Janeiro é uma cidade lindíssima, literalmente, bonita por natureza. As belezas naturais são estonteantes: as baías, as praias, as montanhas, as florestas. O património construído é muito irregular: os bairros antigos (o Centro, por exemplo) estão completamente descaracterizados, com aranha-céus imiscuídos entre os imóveis tradicionais.
As desigualdades sociais são gritantes: nas zonas caras, junto à praia, os prédios têm gradeamentos que os isolam da rua. Em qualquer ponto da cidade, entre cada dois prédios, pode vislumbrar-se, ao fundo, uma favela num morro. Ironicamente, quando escurece, as luzes que se acendem fazem as favelas parecer grandes presépios.


Praia de Copacabana, favelas ao fundo