Alburquerque
Castillo de Luna
Num sábado do último Inverno, dirigíamo-nos a um dos nossos restaurantes favoritos, no Bacoco, quando demos por nós nas imediações de La Codosera. É que, em vez de passarmos a fronteira na Rabaça, tínhamos ido pelo Marco. Depois, não nos apeteceu andar para trás e resolvemos ir à descoberta da próxima indicação rodoviária: Alburquerque.
Ermita de Nuestra Señora de la Soledad (s. XVIII), Plaza de España
(propriedade privada, é hoje explorada como bar)
Com um nome de origem polémica, que tanto pode ter sido Albus Querqus como Abu-al-Qurq, a vila parece preferir a primeira, assim se justificando o sobreiro branco que ostenta no seu escudo. Tem uma história antiga, que remonta à pré-história, e por lá passaram celtiberos (diz-se), mouros, judeus e cristãos, foi longamente disputada por castelhanos e portugueses (que detiveram a sua posse entre 1705 e 1716) e sofreu as invasões francesas, em 1810.
Castillo de Luna, visto da estrada num outro dia de sol
Vista à distância, a vila ostenta o seu monumento principal, o Castillo de Luna, que deve o seu nome a D. Álvaro de Luna, condestável e favorito do rei D. João II de Castela, que, de 1445 a 1453, foi grão-mestre da Ordem Militar de Santiago, a que pertenciam, desde o século XII, a vila e o então condado (ducado, desde 1464).
Iglesia de San Francisco
Uma tarde sem chuva proporcionou-nos um agradável passeio pela vila, após um almoço frugal numa cervejaria da Plaza de España. Visitámos a Igreja de S. Francisco (que tem o chão revestido pelo mosaico hidráulico já mostrado aqui) e subimos pelo bairro gótico judeu (a Judería, com as suas portas de arco ogival), até ao castelo, onde fizemos o caminho de ronda, ao longo das muralhas. A visita ao castelo encontra-se suspensa, em virtude das localmente contestadas obras, com vista à construção de um hotel de 4 estrelas.
Sierra de San Pedro, vista das muralhas do castelo
Iglesia de Santa María del Mercado (anterior ao séc. XV)
Iglesia de Santa María del Mercado (pormenor da fachada principal)
Parte interior da Puerta de la Villa ou de Belén