Praça da República (10)


São Pedro do Sul, Agosto de 2021

Chamou-se, antes, Passeio da Rainha D. Amélia, e é mais uma praça central, cheia de história e património. Aí se encontra a Igreja Matriz e aí vai dar a Rua Direita, que desemboca entre o Palácio de Reriz e a Igreja da Misericórdia.





O Palácio de Reriz foi construído entre 1715 e 1730, por iniciativa do 12.º Senhor da Quinta do Testamento, de Reriz, D. Diogo Francisco de Almeida e Vasconcelos, fidalgo da Casa Real e um dos fundadores da Real Companhia dos Vinhos do Alto Douro. Passou a ser, desde então, a residência principal da família.
Trata-se de um edifício de grande volume, de dimensões pouco comuns nos solares beirões, que se impõe pela sua sobriedade, em estilo barroco civil. Na década de 1890, sofreu algumas intervenções e obras de ampliação, para poder albergar a Rainha D. Amélia e a vasta corte que a acompanhava, nas suas temporadas nas Termas de São Pedro do Sul, nomeadamente em 1894, 1895 e 1896. A rainha, e quase toda a aristocracia e alta-burguesia, frequentava as termas, que, na altura, eram um dos mais famosos pontos de encontro da alta sociedade portuguesa. Como seria demasiado dispendioso construir ali um palácio em que pudesse residir, a rainha hospedava-se no Palácio do Visconde de Reriz, que desempenhava o papel de Palácio Real (era designado por Paço Real de São Pedro do Sul, e a praça por Praça da Rainha), tornando-se o rei D. Carlos e a rainha D. Amélia os anfitriões da casa, que os proprietários deixavam temporariamente. Pelos seus préstimos, o Visconde viu o seu título elevado a Conde e depois a Marquês.
O palácio foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1977.



A Igreja da Misericórdia, também conhecida como Igreja de Santo António (cuja imagem ocupa o trono, no retábulo-mor), é uma construção barroca, do início do século XVIII, de uma só nave com capela-mor mais baixa e estreita e coro-alto. Tem fachada principal rica em elementos decorativos e revestida a azulejo monocromático com orla a azul e branco.





Na praça, destacam-se, ainda, o muro de delimitação revestido a painéis de azulejos com os principais monumentos e paisagens locais, no qual se integra uma fonte, e, junto à Igreja Matriz, uma casa manuelina que se crê ter sido construída no século XVI e que alberga hoje um restaurante.





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