Águas mil


Portalegre, Abril de 2021

Fonte da Cascata






Castelo de Vide, Maio de 2018

A Fonte da Cascata é a 15.ª do Percurso das Fontes na Vila (PR5 CVD). Lê-se na sua descrição, no marco que a sinaliza: "No outrora apelidado Parque da Aramenha, hoje conhecido por Jardim Grande, repousamos à beira da Cascata. Uma harmoniosa e romântica construção em pedra calcária da Escusa que nos revela no topo da sua arte uma réplica da famosa estátua de Jerôme Duquesnoy, "Manneken Pis", que resta entre lendas de roubos e mitos de inspiração no centro de Bruxelas. "O garoto a urinar" embeleza com o seu pequeno esguicho a serenidade esverdeada deste chafariz urbano. Histórias falam que se inspira no filho de um duque, surpreendido a urinar contra uma árvore durante uma batalha no final do século XII e, por essa caricata audácia, celebrizado como símbolo da coragem militar do País".

Fortaleza de Peniche


Peniche, Agosto de 2019

A construção da Fortaleza de São Francisco e da frente abaluartada da Praça de Peniche deveu-se à iniciativa de D. João III, no século XVI. É descrita como "fortaleza de traçado abaluartado correspondente à cidadela da vila e praça de guerra, apresentando planta poligonal irregular, constituída por duas estruturas em redente (compostas por dois meios baluartes), um baluarte e respectivas cortinas, um fortim de planta circular e um revelim de protecção à única porta; cercada por fosso aquático na frente de terra e escarpa rochosa na frente de mar. Complementada com frente urbana abaluartada que defende istmo, composta por um forte, quatro meios baluartes, um baluarte e correspondentes cortinas. Optimização das peculiaridades orográficas da região, visível nas diversas construções militares realizadas em torno da península de Peniche, tornando-o numa espécie de ilha inexpugnável: a S. a Fortaleza/cidadela, a O. Fortim de Santo António, Bateria do Porto da Areia, Bateria do Carreiro do Cabo e Fortim de Nossa Senhora da Vitória; a N. o Forte de Nossa Senhora da Luz e a Bateria do Quebrado; a E. o Forte das Cabanas, a frente urbana abaluartada. Estruturas defensivas articuladas com os fortes da Berlenga e da Consolação e o fortim do Baleal. Empreitada que envolveu arquitectos e engenheiros de renome nacional e internacional, cuja intervenção foi norteada pela visão de defesa conjunta do sítio de Peniche e do Reino de Portugal, com o fito da defesa de Lisboa".
Teve utilização militar até 1897, após o que manteve apenas a função de prisão. Em 1934, foi convertida em prisão política de segurança máxima do regime do Estado Novo.









O Fortim do Redondo, de planta circular, é a construção mais antiga. É "guarnecido por canhoneiras na frente voltada ao mar e centrado por torre sineira setecentista de configuração contracurvada e decorada por volutas, disposta em cima de três salas, destinadas ao isolamento no tempo da prisão do Estado Novo (conhecidas como "Segredo"). É envolvido por cordão e no interior apresenta dois lanços de escada que dão acesso às canhoneiras. A porta está voltada para a Praça de Armas e mostra frontão triangular com o ano de 1783 epigrafado e portão de ferro".











Em 1956, foram "demolidas as antigas casernas militares e construídos (por presos de delito comum) três blocos prisionais de alta segurança, os Blocos A, B e C, da autoria do arquitecto Rodrigues Lima, tendo passado a ser designada por Cadeia do Forte de Peniche".
Hoje, a Fortaleza alberga o Museu Nacional Resistência e Liberdade. Quando o visitei, os blocos não estavam ainda abertos ao público, mas pude visitar o Parlatório e o Segredo.















A Fortaleza de Peniche está classificada como Monumento Nacional desde 1938.

Mis muros de fuego son




Madrid (Espanha), Outubro de 2014

Dois murais executados por Alberto Corazón, em 1983, de um lado e do outro da praça da porta fechada - Plaza de Puerta Cerrada.
Cruzei-me com eles num fim de tarde, com pouca luz, e não lhes prestei a devida atenção. Inclusivamente, cortei o lado esquerdo do primeiro mural, onde, sobre fundo lilás, se podia ler o início do antigo lema da cidade:

"Fui sobre agua edificada,
mis muros de fuego son,
esta es mi insignia y mi blasón."
Ambos os murais tinham já outros graffiti sobrepostos. Sobre o primeiro, é visível uma assinatura do colectivo 1UP (One United Power).
Na praça, há também um cruzeiro, a Cruz de Puerta Cerrada, erigida em 1783 e a única sobrevivente da campanha que ditou a demolição das cruzes madrilenas, no início do século XIX. Feita em calcário branco de Colmenar, a cruz tem um desenho muito simples. É lisa por todos os lados e a única decoração concentra-se no plinto, formado por uma espécie de espiral, bem como na base, onde está esculpida uma coroa de louros. Anteriormente, havia outro ornamento floral, que desapareceu. Quanto ao pedestal, consiste num prisma simples, encimado por uma pequena estrutura de quatro águas.



Homenagem (60)






Estremoz, Outubro de 2008


Marvão, Maio de 2015


Marvão, Outubro de 2016


Portagem (Marvão), Março de 2019




Montalvão (Nisa), Março de 2019


Cabeço de Vide (Fronteira), Dezembro de 2016