Castelos no ar: Évora
Évora, Novembro de 2024
por aqui, por ali e mais além
Évora, Novembro de 2024
:: Teresa O :: segunda-feira, dezembro 16, 2024 0 comentário(s)
Alandroal, Outubro de 2023
Assumar (Monforte), Novembro de 2024
Amieira do Tejo (Nisa), Outubro de 2024
:: Teresa O :: domingo, dezembro 15, 2024 0 comentário(s)
Etiquetas: Alentejo, Azulejos, Colecções, Homenagens, Pelas paredes, Portugal
Cairo (Egipto), Agosto de 2024
A Igreja Copta de Santa Maria Virgem (oficialmente, Sitt Mariam), também conhecida como Igreja Suspensa (em árabe, al-Kanīsah al-Mu'allaqah, ou apenas El Moallaqa), é uma das mais antigas do Egipto, havendo referências a uma igreja neste local, desde o século III. Situa-se no Cairo histórico, no bairro copta. A Igreja Copta Ortodoxa de Alexandria enquadra-se na Ortodoxia Oriental, tendo-se afastado, ao longo dos séculos, tanto da igreja romana como da bizantina.
As igrejas do bairro copta foram construídas após a conquista árabe (640). A Igreja Suspensa foi atestada pela primeira vez em documentação sob o Papa José I de Alexandria (831-849), por ocasião de uma obra de restauro. O edifício foi também amplamente reconstruído na época do Papa Abraão (ou Efrém I, 975-978) e, posteriormente, sofreu várias outras destruições e restauros. No final do século XVIII, ocorreu uma grande remodelação do edifício, que lhe conferiu o aspecto actual.
A entrada, ao nível da rua é feita por portões de ferro sob um arco de pedra em ogiva (imagem do topo). A fachada do século XIX, com torres sineiras gémeas, é visível ao passar por um pátio estreito decorado com motivos bíblicos modernos. A designação de Igreja Suspensa provém da sua localização sobre um dos portões da Fortaleza de Babilónia. Porém, o nível do solo subiu seis metros desde a época romana, tornando a sua posição elevada menos notória. Mesmo assim, a igreja é precedida por uma escadaria de vinte e nove degraus, o que levou os primeiros viajantes europeus a chamar-lhe "Igreja da Escadaria". Subindo as escadas e passando pela entrada, encontra-se outro pequeno pátio que conduz ao pórtico exterior do século XI.
A igreja é composta por duas partes: uma igreja principal com planta de basílica e, no lado sudeste, uma capela e um baptistério, estando as duas partes ligadas por uma colunata. A igreja principal mede 23,5 m comprimento, 18,5 m de largura e 9,5 m de altura e é constituída por nartece, nave central e quatro corredores laterais, sem matroneu. O tecto é de madeira, em forma de arca de Noé.
O ambão (púlpito), de mármore branco e colorido, suportado por quinze graciosas colunas islâmicas montadas sobre uma laje de mármore branco, data do século XI.
Existem três santuários no lado nascente da igreja: o do meio é dedicado à Virgem Maria, o da esquerda a São Jorge e o da direita a São João Baptista. O painel de madeira que divide os espaços (iconóstase) é uma obra de arte única, ricamente decorada com padrões geométricos e cruzes em ébano e marfim, encimada por ícones magníficos.
A Igreja Suspensa alberga um total de 110 ícones, na sua maioria, do século XVIII. Na parede sul da igreja principal, existe um ícone de São Marcos Evangelista (primeiro Patriarca, ou Papa, da Igreja Ortodoxa Copta) que data do século XV. O mais antigo é a "Mona Lisa Copta", que remonta ao século VIII e representa a Virgem Maria, Jesus Cristo e São João Batista. Chamam-lhe assim porque, tal como na pintura de Leonardo da Vinci, parece que os olhos da Virgem nos seguem, em todas as direcções.
:: Teresa O :: sábado, dezembro 14, 2024 0 comentário(s)
Etiquetas: Comunicação e Artes, Egipto, Papa-unescos, Templos
Arronches, Novembro de 2024
:: Teresa O :: quinta-feira, dezembro 12, 2024 0 comentário(s)
Évora, Novembro de 2024
Arronches, Novembro de 2024
ANNO MDCCLIV DIE XIII OCTOBRIS, DOMINICA
PROXIMIORI FESTIVITATI S. LVCAE EVANGELISTAE,
EXCELLENTISSIMVS, ET REVERENDISSIMVS DOMINVS
DOMNVS BALTHASAR DE FARIA, ET VILLASBOAS,
HVJVS DIOECESIS EPISCOPVS, HANC CATHEDRALEM
ECCLESIAM RITV SOLEMNI CONSECRAVIT, QVAE
DOMINICA JAMPRIDEM PERSYNODALES CONSTITU=
TIONES AD CELEBRATIONEM DEDICATIONIS
ECCLESIAE ASSIGNATA FVERAT.
EM O ANNO DE 1769 SENDO BISPO DESTE BISPA=
DO O EX.MO E R.MO SNR DOM LOURENÇO DE LANCASTRO, EX.
DO SEO PONTIFICADO MANDOU FAZER ESTA ESCADA, E AD
RO E EM O MES DE NOVEMBRO DO DITO ANNO SE ACABOU
LOGRANDO A FELICIDADE DE qUE NO DIA 2o DO MESMO MES A
SOBISSEM SUAS MAGESTADES E ALTEZAS VINDO DE VILLA
VIÇOZA AONDE SE ACHAVAO A ESTA CATHEDRAL: ETAO
BEM EM OS ANNOS ANTECEDENTES TINHA ODITO SNR.
BISPO MANDADO FAZER AS CAPELLAS DO S.MO SACRA=
MENTO, E SEO ORNATO, DE NOSSA SNR.A DA SOLEDADE,
NOSSA SNR.A DAS CANDEAS, SANCTA ANNA, E ALMAS:
O ORGAO, E OVTRAS MAES OBRAS INTERIORES.
:: Teresa O :: quarta-feira, dezembro 11, 2024 0 comentário(s)
Etiquetas: Alentejo, Árvores, Colecções, Homenagens, Pelas paredes, Placas de rua, Portugal
Cairo (Egipto), Agosto de 2024
Outra parte fundamental do Cairo antigo é o bairro copta (Qasr al-Sham'a), fortemente ligado à história do cristianismo no Egipto. Ao longo dos três primeiros séculos da era cristã, uma parte substancial da população do Egipto converteu-se ao cristianismo, tendo sofrido forte perseguição sob o Império Romano. As perseguições só terminaram em 313, com o Édito de Milão, que consagrou a tolerância religiosa.
O Cairo copta está situado dentro da antiga Fortaleza de Babilónia, cujo nome foi trazido pelos persas, que aí fundaram uma colónia homónima da antiga cidade junto ao rio Eufrates. A fortaleza foi construída, por volta de 300 d.C., pelo imperador romano Diocleciano, para proteger a entrada de um antigo canal que ligava o Nilo ao Mar Vermelho. Quando os árabes muçulmanos conquistaram o Egipto, no século VII, estabeleceram, fora dos muros da Fortaleza de Babilónia, uma nova cidade, Fostate, que se tornou a capital administrativa do Egipto e a sua cidade mais importante. Nos primeiros anos do domínio árabe, os cristãos foram autorizados a construir várias igrejas na antiga área da fortaleza, onde ainda se encontram algumas das mais antigas do Cairo.
Acima, a Igreja de São Jorge, também conhecida como Mar Girgis, sobre cuja torre está o único cata-vento que encontrei no Egipto. Representa o dragão alado, derrotado por São Jorge.
A Igreja de São Jorge é uma igreja ortodoxa grega que foi construída no século X (VII, segundo algumas fontes), sobre uma das torres redondas da fortaleza romana, daí a sua forma circular, única no país. A actual estrutura foi reconstruída entre 1904 e 1909, na sequência de um incêndio, e foi restaurada em 2015. Faz parte do Santo Mosteiro Patriarcal de São Jorge, sob o Patriarcado Ortodoxo Grego de Alexandria e toda a África. Desde 2009, o abade do mosteiro tem o título de Bispo Babylonos ("Bispo de Babilónia").
Entrada do Mosteiro Ortodoxo Grego de São Jorge. De notar a presença de um segurança informal que controla as entradas e que, a troco de algumas libras egípcias (ou euros ou dólares), se prontifica a guiar a visita. São comuns à porta de todos os monumentos, assim como a segurança armada (polícia e/ou exército) em todos os sítios turísticos, como se pode ver na imagem do topo. A segurança é hoje quase obsessiva, no Egipto, onde os fluxos do turismo (fundamental para a economia do país) têm sofrido oscilações, em virtude de passados atentados terroristas e da recente guerra em Gaza. Assim, as forças de segurança controlam as movimentações nos sítios arqueológicos, nas zonas históricas, nas fronteiras provinciais, nas estradas, onde calha. Mesmo as entradas nos hotéis são fiscalizadas com recurso a detectores de metais, como nos aeroportos.
A Rua Mar Gerges (ou Mar Girgis, Mary Gerges -- nunca hei-de compreender estas transliterações) dá acesso ao bairro copta, que é igualmente servido pela estação de metro Mar Girgis, da linha 1, uma estação moderna, em frente à Igreja de São Jorge.
As ruas interiores do bairro são, porém, antigas, estreitas, marcadamente medievais.
:: Teresa O :: terça-feira, dezembro 10, 2024 0 comentário(s)
Etiquetas: Cataventos, Colecções, Egipto, Papa-unescos, Placas de rua, Templos
Elvas, Novembro de 2024
O Castelo e o Forte da Graça apanhados em movimento.
:: Teresa O :: segunda-feira, dezembro 09, 2024 0 comentário(s)
Etiquetas: Alentejo, Castelos, Monumento Nacional, Portugal
Cairo (Egipto), Agosto de 2024
Um passeio pelo Cairo islâmico nunca ficaria completo sem uma visita ao bazar (ou souk, em português, azoque) Khan el-Khalili. O bazar remonta a 1385, quando, no reinado de Barquq, primeiro sultão memeluco da dinastia burgida, o emir Jarkas el-Khalili construiu um grande caravançarai (ou khan, um albergue para comerciantes e, geralmente, o ponto focal de qualquer área circundante). O edifício original foi demolido pelo Sultão al-Ghuri, que o reconstruiu como um novo complexo comercial, no início do século XVI, constituindo a base para a rede de souks existente hoje em dia. Actualmente, a designação de Khan el-Khalili engloba todo o bairro comercial.
As duas imagens acima retratam Bab al-Ghuri, a porta sul do Suq al-Nabulsi, em estilo mameluco, datada do início do século XVI.
Várias ruas do souk, onde se pode encontrar todo o tipo de mercadorias.
Duas fotografias tiradas no interior do café El-Fishawy, o mais antigo do país, a funcionar desde o final do século XVIII: abriu as suas portas pela primeira vez em 1797, um ano antes de Napoleão Bonaparte invadir o Egipto.
Junto ao mercado, fica a Mesquita de Al-Hussein, originalmente construída em 1154, durante o Califado Fatímida, e reconstruída em 1874. É considerada um dos locais islâmicos mais sagrados do Egipto.
Ainda nas imediações do bazar, está localizada a Universidade de Al-Azhar, a mais antiga do Egipto e uma das mais prestigiadas do mundo, em estudos islâmicos. Foi originalmente fundada por volta de 970, pelo Califado Fatímida.
A Mesquita de Al-Azhar foi a primeira a ser construída no Cairo, em 972, tendo sofrido alterações ao longo dos séculos.
Junto à Mesquita de Al-Azhar, fica a Mesquita de Abu al-Dhahab, mandada construir, em 1774, pelo emir mameluco Muhammad Abu al-Dhahab.
:: Teresa O :: sexta-feira, dezembro 06, 2024 0 comentário(s)
Etiquetas: Egipto, Papa-unescos, Placas de rua, Templos
La imagen es un lugar perverso. En ella se detiene todo aquello que ha de irse. La imagen suspende el curso, lo entorpece, nos entorpece. (Chantal Maillard) |