Castelo de Guimarães


Guimarães, Agosto de 2018

O Castelo de Guimarães é Monumento Nacional desde 1908, mas, na verdade, é mais antigo do que a Nação. Tem origem na fortificação que a condessa D. Mumadona Dias mandou erigir, na segunda metade do século X, para defender dos ataques de muçulmanos e normandos o mosteiro que fundara. Chamava-se então Castelo de São Mamede e, consta, tinha uma estrutura bastante simples, composta por uma torre, possivelmente, envolta por uma cerca, em madeira e terra, pelo que, no final do século XI, estava já bastante deteriorado. Foi então que o conde D. Henrique, pretendendo estabelecer em Guimarães a sua residência e a sede do Condado Portucalense, terá mandado demolir parcialmente a estrutura existente e ampliar e reforçar o perímetro defensivo. Porém, a fisionomia do castelo, como hoje o conhecemos, é devedora, sobretudo, da remodelação ordenada por D. Dinis, entre os finais do século XIII e o século XIV, e das obras iniciadas em 1937, no âmbito da campanha de restauro de monumentos e de celebração da Idade Média portuguesa, com vista à comemoração dos Centenários. Com projecto do arquitecto Rogério de Azevedo, o castelo restaurado foi inaugurado a 4 de Junho de 1940, por ocasião das Comemorações do VIII Centenário da Fundação da Nacionalidade.
O reconhecimento da importância histórica e cultural do Castelo de Guimarães dera-se já em 1881, quando, a 19 de Março, foi classificado, em Diário do Governo, como o único monumento histórico de primeira classe em todo o Minho. Foi esta a forma de o salvar da ruína em que caíra, e dos apelos à sua demolição. Em 2007, foi eleito uma das 7 Maravilhas de Portugal.



Nas imediações do castelo, encontram-se dois outros Monumentos Nacionais: a igreja românica de São Miguel do Castelo (datada do início do século XIII e classificada em 1910) e o Paço dos Duques de Bragança (iniciado no século XV e classificado, igualmente, em 1910).





Guimarães foi local de passagem, na nossa rota, depois de Amarante: parámos para almoço e passeio pelas ruas, sem tempo para explorar o que quer que fosse, pois esperava-nos ainda muita estrada para Norte. É sem dúvida, uma cidade a revisitar.

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