Fresquinho


Portalegre, Julho de 2022

A Fonte Luminosa da Rotunda do Rossio, rodeada de rosas vermelhas e enquadrada pelo Plátano e pelo quiosque.

Stupid




Amadora, Abril de 2022

"Stupid" é o nome da personagem que habita a fachada dos Recreios da Amadora. É uma instalação de Robert Panda, realizada no âmbito da 6.ª edição do projecto Conversas na Rua, em 2020.

Homenagem (83)




Portalegre, Novembro de 2020

José Duro foi um poeta decadentista que nasceu em Portalegre, a 22 de Outubro de 1875, e faleceu aos 23 anos, vítima de tuberculose, a 18 de Janeiro de 1899, em Lisboa, para onde tinha ido completar os estudos.
Por iniciativa dos estudantes portalegrenses, liderada pelo Dr. Galiano Tavares, em 23 de Julho de 1944, foi inaugurado um memorial (a que chamaram "memorieta", talvez devido ao seu tamanho) em sua homenagem, no Jardim da Corredoura. O projecto, em forma de floreira ou banco de jardim (é difícil perceber, pelas fotografias da época), com iluminação própria, foi da autoria de João Tavares e o trabalho em bronze de Inácio Perdigão.




(imagens retiradas daqui)

Entre 2005 e 2006, no âmbito do Programa Polis, o Jardim da Corredoura foi submetido a um projecto de "requalificação e valorização paisagística" que se baseou "numa reinterpretação dos seus elementos de referência e características tipológicas marcantes, assegurando a continuidade da sua memória e recriando a sua espacialidade". Na prática, o Jardim foi modernizado, foram introduzidas notas de betão e aço e desapareceram as marcas da arquitectura paisagística do Estado Novo e de gosto popular, como o lago dos cisnes e o banco de José Duro. Nessa altura, a homenagem ao poeta foi convertida "num discreto painel que tinha lá tudo: versos seus, medalhão seu (...) e o recato poético, a intimidade que, eventualmente, lhe estaria adequada".


29 de Março de 2006 (imagens retiradas daqui)


Jardim da Corredoura, 2009 (imagens retiradas daqui)


(imagem retirada daqui)

Só que o povo não gostou, o povo reclamou e o banco voltou, reconstruído conforme (ou quase) o original. Falta-lhe a iluminação, que perdera com o tempo, mas está lá, a defender o seu anacronismo, entre assentos de betão e aço, bem no meio da grande alameda de plátanos.
Os estudantes vingam-se, fazendo o que melhor sabem: arrancaram as letras de bronze e usam o monumento como tela branca onde espraiam a sua criatividade, as suas oscilações de humor, raivas e paixões, exigindo manutenção frequente.






Fevereiro de 2016


Março de 2017


Janeiro de 2018

Fontes:
- Francisco Carita Mata, Memorieta a Poeta José Duro, @Aquém Tejo (13/11/2021);
- António Martinó de Azevedo Coutinho, José Duro e a ironia, @Largo dos Correios (10/05/2017);
- Marcial Alves, Portalegre: José Duro e o Programa Polis, @Rua do Jardim 7 (27/04/2011);
- António Martinó de Azevedo Coutinho, POLIS PORTALEGRE – O seu a seu dono (ainda, e uma vez mais, o Memorial José Duro), @A Voz Portalegrense (08/03/2010);
- António Martinó de Azevedo Coutinho, A segunda morte de José Duro, @A Voz Portalegrense (26/01/2010);
- António Martinó de Azevedo Coutinho, Olhando-nos a nós mesmos..., @A Voz Portalegrense (29/06/2009);
- Mário Silva Freire, Bancos que fizeram História, @A Voz Portalegrense (28/06/2009);
- Ângelo Monteiro, Portalegre, a Cidade e a Serra, edição de A CIDADE – Revista Cultural de Portalegre, com Introdução, revisão e notas de Luís Bacharel, 1982 (citado aqui).

Fechada para obras


Portalegre, Julho de 2022

Vai para mais de 20 anos, trabalhei junto à . Da janela do primeiro andar, observava a azáfama das cegonhas na sua lida doméstica e familiar, em sete ninhos que contei, espalhados pelas torres e telhado da Catedral. Nunca tinha tido tal proximidade com a espécie, pelo que tudo para mim era novidade e fascínio.
Nessa época, começaram obras de reabilitação da fachada e, misteriosamente, os ninhos desapareceram. Os trabalhos, porém, não surtiram grande efeito, visto que, poucos anos depois, já estava assim.
Ultimamente, a Sé tinha um ar triste de abandono, de quem precisava de mimos e cuidados. Este ano, fechou para obras, diz-se que por dentro e por fora. Até ver, está a ficar bonita, e há-de combinar com os antigos Paços do Concelho, futuro Arquivo Municipal, que são, por enquanto, um enorme estaleiro. Pode ser que, agora, a Praça do Município retorne à sua antiga e popular designação de Largo da Sé. Veremos.

Coreto de Campo Maior




Campo Maior, Maio de 2022

O Coreto de Campo Maior fica no Jardim Municipal, onde foi inaugurado, em Agosto de 2009. Antes, houve aí outro coreto, mais pequeno, talvez menos funcional, mas mais encantador, que foi destruído em Dezembro de 2008, no âmbito das obras de remodelação do jardim (foto de Júlia Galego, retirada daqui):



Abaixo, o novo coreto, na companhia de Santa Beatriz da Silva, de um lado, e de um quiosque, de outro.





Rua do Arco (2)




Portalegre, Julho de 2022

A Rua do Arco desce do Largo da Sé (a Praça do Município) até às muralhas, no lugar onde estiveram as Portas de Évora, uma das oito entradas do Castelo. Dessas oito, já passaram por aqui as Portas da Devesa, de Alegrete e do Postigo, além da Poterna, a porta da traição. Falta-me ainda falar das Portas do Crato (ou Arco do Bispo), de Elvas, do Espírito Santo e de São Francisco.
As Portas de Elvas, estou em crer que ficavam ao fundo da rua com o mesmo nome, onde hoje se ergue o Semeador, no seguimento do troço de muralha que vem da Rua da Torre do Pessegueiro. Já as de Évora ficavam, certamente, na interrupção dos muros que se vê do fundo da rua, onde nem o arco subsistiu.