#TBT: Łódź, 2006




A Igreja do Espírito Santo (Kościół Zesłania Ducha Świętego)
e o monumento de homenagem a Tadeusz Kościuszko, na Praça
da Liberdade (Plac Wolności), Łódź (Polónia), Setembro de 2006


Depois de Belfast, em Dezembro de 2005, o projecto inter-institucional de que já aqui falei levou-nos, a mim e aos meus três colegas da equipa portuguesa, a Łódź. (Segundo nos explicou o nosso colega Szymon, pronuncia-se como, em inglês informal, wouldja, sem o A final.)


A Praça da Liberdade, em 1930 (imagem daqui)

Aquela que é actualmente a quarta maior cidade da Polónia -- atrás de Varsóvia e Cracóvia e sensivelmente a par de Breslávia (Wrocław) -- começou por ser uma pequena aldeia medieval, à qual foram atribuídos direitos de cidade, em 1423. A sua população foi crescendo e minguando, ao sabor de guerras, anexações e surtos de peste, nunca ultrapassando os 1000 habitantes, sendo que, no final do século XVIII, não contava com mais de 190. No século XIX, no âmbito de um programa nacional de industrialização, foi transformada numa grande cidade industrial do sector têxtil. Antes da Primeira Guerra Mundial, em 1913, tinha 500.000 habitantes, era a segunda maior cidade da Polónia, uma das cidades industriais mais densamente povoadas do mundo (13.280 hab/km2) e uma das mais poluídas. A sua demografia contava (e conta ainda hoje) com uma maioria de mulheres, em consequência da atractividade da indústria têxtil. Em 1939, entre mais de 600.000 habitantes, cerca de 200.000 eram judeus.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a cidade ficou conhecida por albergar o segundo maior gueto da Europa nazi (só ultrapassado pelo de Varsóvia), e o mais longevo.





A partir de 1989, com a transição de uma economia socialista para uma economia de mercado, e com a crise económica subsequente, a indústria têxtil entrou em declínio, assim como a cidade. Os cerca de 854.000 habitantes que tinha então, estavam, no início de 2022, reduzidos a 664.071. Em 2007, perdeu o lugar de segunda maior cidade do país.
Hoje, não há em Łódź nenhuma grande fábrica têxtil a laborar, tendo a economia sido dirigida para o sector dos serviços e logística, beneficiando da sua localização no centro do país e da rede de transportes e auto-estradas, assim como da quantidade de trabalhadores qualificados e da cooperação entre as universidades locais e as empresas.


Letreiro no antigo edifício da estação ferroviária de Łódź Fabryczna, inaugurado,
em 1866, sob projecto do arquitecto Adolf Schimmelpfennig, e substituído, em
2016, por uma alternativa mais moderna



Grande Teatro (Teatr Wielki), inaugurado em 1967

A agenda era apertada, mas, entre reuniões, conseguimos algum tempo para iniciar a nossa via-sacra pelo Turismo Tétrico e para caminhar um pouco pelo centro da cidade. De momento, ficam algumas imagens soltas, que ilustram vários pormenores da cidade, como era então, com marcas arquitectónicas de diferentes épocas.





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